Hoje em dia, a febre no mercado automotivo são os motores turbo, que além de fazer com que o carro chegue mais rápido em uma velocidade, ainda economizam combustível e reduzem poluentes para o meio ambiente.
Do mesmo jeito que geram benefícios, também impõem uma exigência: manter sempre as revisões em dia. De acordo com a NGK, empresa especialista em sistema de ignição, os cuidados com os componentes do conjunto são essenciais para o bom funcionamento do motor.
Segundo Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, o funcionamento dos motores turbos se dá pela ação de duas turbinas que agem em conjunto em um processo que melhora o rendimento do motor. “Porém, esse ganho de performance gera também pressões mais altas na câmara de combustão, passando a exigir mais das velas de ignição”, explica.
Por esse motivo, as montadoras têm utilizado, em novos projetos de veículos turbinados, as velas especiais, com a ponta do eletrodo de platina ou irídio. “Essa tecnologia é importante, pois com o aumento de tensão para o centelhamento, há também um maior desgaste das velas”, comenta Hiromori Mori.
Feitas em material nobre, as velas especiais possuem o diâmetro da ponta do eletrodo mais fino do que os componentes tradicionais. Juntos, esses dois fatores fazem com que a peça tenha mais energia para iniciar a combustão, melhorando a sua ignibilidade. “A tecnologia das velas especiais também pode ser aplicada nos motores convencionais, com as velas G-Power e Iridium IX, que propiciam um ganho significativo em performance”, acrescenta o consultor da NGK.
Porém, por exigirem mais do sistema de ignição, esse conjunto de componentes merece mais atenção em motores turbos do que em motores convencionais. Para evitar falhas, a NGK orienta que o usuário respeite e esteja atento às recomendações de troca e inspeção das velas determinadas pelas montadoras.
A falta de manutenção das velas pode causar o chamado flash over, que ocorrem quando a tensão de centelhamento entre os eletrodos é muito alta, tornando mais fácil a passagem da corrente elétrica na parte externa da vela. “Nestes casos, além da troca das velas, é necessária a substituição de todo o sistema de ignição, que pode ser composto por vela e bobina, ou vela, cabo e bobina, para que uma peça não comprometa o funcionamento da outra”, orienta o especialista da NGK.
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